As imagens de câmeras de segurança do bar oferecem um vislumbre sombrio do que ocorreu. Segundo relatos de testemunhas, Yago e o policial militar Higor de Oliveira da Silva, que estava de folga e é lotado no 20º BPM de Mesquita, envolveram-se em uma discussão que rapidamente evoluiu para a violência. Testemunhas afirmam que Yago desferiu um soco no rosto do PM, um ato que teria desencadeado a fúria do agente. Alegando ter ido buscar sua arma, Higor deixou o local, retornando em seguida e, em uma ação impensável, disparou contra Yago, atingindo-o pelas costas.
A cena, registrada em vídeo, mostra Higor atravessando a rua e apontando sua arma em direção a Yago, um ato que levanta questões sobre o uso adequado da força por parte das autoridades. O desfecho dessa história é ainda mais comovente: Yago era um bombeiro civil, dedicado ao trabalho como motorista de aplicativo para sustentar seus dois filhos, de 5 e 1 ano.
Após o disparo, Yago foi levado a um hospital, mas não resistiu aos ferimentos. Sua morte gerou consternação entre amigos e familiares, que acompanharam o sepultamento do jovem no Cemitério Jardim da Saudade, em Sulacap, no último sábado. A audiência de custódia de Higor resultou na manutenção de sua prisão, e ele se encontra atualmente na Unidade Prisional da Polícia Militar, em Niterói.
O caso destaca não apenas a violência que permeia a sociedade, mas também as diretrizes que regem a atuação das forças de segurança, em um momento em que o debate sobre o uso de armas e a responsabilidade do policial se intensifica. As autoridades seguem coletando informações e depoimentos para elucidar os detalhes que levaram a esse trágico desfecho, que deixa uma família devastada e uma comunidade perplexa.