O empresário de 38 anos foi assassinado em novembro de 2024, em frente ao Aeroporto de Guarulhos, na Grande São Paulo, onde ele era jurado de morte pelo PCC. Durante uma delação, Gritzbach expôs esquemas de lavagem de dinheiro da facção criminosa, além de revelar extorsões praticadas por policiais civis. Essas revelações levaram ao afastamento de alguns policiais das suas funções.
A Operação Prodotes, conduzida pela Corregedoria da Polícia Militar de São Paulo, resultou na prisão de 15 policiais militares suspeitos de envolvimento com o PCC. A investigação teve início após uma denúncia anônima em março de 2024, que apontava vazamentos de informações privilegiadas beneficiando membros da organização criminosa.
Os agentes presos estão sendo acusados de fornecer escolta privada a Gritzbach, mesmo cientes do seu histórico criminal e das ameaças que pairavam sobre ele. As investigações também revelaram que informações estratégicas foram vazadas por policiais da ativa, da reserva e ex-membros da corporação, facilitando a ação dos criminosos ligados ao PCC.
Dentre os presos está o policial militar Dênis Antonio Martins, apontado como um dos atiradores envolvidos na morte de Gritzbach. Outro tenente, Fernando Genauro da Silva, foi detido posteriormente, sendo suspeito de ser o motorista do veículo utilizado no crime.
A identificação dos suspeitos foi possível através do monitoramento das câmeras de segurança que capturaram imagens dos indivíduos após o crime. O modo de andar, características físicas e até mesmo uma tatuagem no braço contribuíram para a identificação dos policiais envolvidos na ação criminosa.
Com as recentes prisões, já são 16 policiais militares detidos sob suspeita de envolvimento na morte do delator do PCC. A Justiça Militar manteve a prisão dos 15 policiais detidos na quinta-feira, após uma audiência de custódia. Este caso revela a complexidade das relações entre autoridades policiais e organizações criminosas, ressaltando a importância da investigação e punição dos envolvidos.