O réu Josevildo Valentim dos Santos Júnior, acusado de estuprar e matar Aparecida Rodrigues Pereira e tentar assassinar seu namorado, Agnísio dos Santos Souto, em 2019, será levado a júri popular pela 7ª Vara Criminal de Maceió. O julgamento será realizado no Fórum do Barro Duro, conduzido pelo juiz Yulli Roter, nesta quinta-feira (13).
O crime ocorreu em 15 de outubro de 2019, em uma mata localizada atrás da empresa Braskem, no bairro Pontal da Barra. Segundo os registros, Aparecida e Agnísio estavam na porta de sua residência em Ponta Grossa, quando Josevildo, que passava pela região em seu veículo, se aproximou do casal e os rendeu utilizando uma arma de fogo.
O réu exigiu que as vítimas entrassem em seu carro. Agnísio foi colocado no porta-malas, enquanto Aparecida foi forçada a ocupar o assento do passageiro. Josevildo dirigiu até o Pontal da Barra, onde, munido de uma arma de fogo, ordenou que Aparecida saísse do veículo e cometeu atos de abuso sexual contra ela.
Após o estupro, o réu abriu o porta-malas e mandou Agnísio sair. Josevildo disparou duas vezes contra Agnísio, acertando um tiro na nuca, e a vítima fingiu estar morta. Em seguida, o réu disparou duas vezes contra Aparecida, resultando em sua morte no local.
Segundo os autos, o réu acreditava que ambas as vítimas estavam mortas e então deixou o local. Na manhã seguinte, Josevildo retornou ao local do crime para verificar se alguma das vítimas havia sobrevivido, mas encontrou uma ambulância prestando socorro a Agnísio, a vítima sobrevivente, e foi embora.
Através de uma denúncia anônima pelo disque-denúncia (181), a Polícia Civil identificou o réu como suspeito dos crimes, o qual foi reconhecido por Agnísio. Durante as investigações, o par de sandálias usadas por Aparecida no dia do crime, juntamente com as armas de fogo, foram encontradas na residência do réu.
Ao ser interrogado, Josevildo confessou ter cometido o crime. A arma de fogo utilizada nos delitos pertencia à Polícia Militar de Alagoas (PMAL), porém estava sob posse do réu, que na época era um policial militar.