A decisão de manter a prisão foi baseada no parecer da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ), elaborado pelo deputado Darci de Matos, que recomendou a manutenção da medida cautelar por crime flagrante e inafiançável de obstrução de Justiça com o envolvimento de organização criminosa. O relator afirmou que o estado de flagrância do crime estava claramente configurado e que os atos de obstrução à Justiça continuavam sendo praticados.
O advogado de defesa de Chiquinho Brazão contestou a prisão, alegando que não havia estado de flagrância para justificar a medida. Além disso, criticou o fato de não ter acesso à delação premiada que respaldou a prisão do deputado, destacando que seu cliente está privado de participar do processo de defesa.
A votação na Câmara dos Deputados gerou discussões sobre a competência do Supremo Tribunal Federal (STF) para analisar a prisão de parlamentares, especialmente no caso de crimes praticados antes do mandato e sem relação direta com as atividades parlamentares. Lopes, advogado de Brazão, alertou para o precedente que a prisão poderia gerar e destacou que a Constituição determina que as prisões preventivas de parlamentares devem ser analisadas pelo Plenário da Casa do congressista.
Com a resolução promulgada durante a sessão, a decisão do Plenário da Câmara dos Deputados foi oficializada e a prisão de Chiquinho Brazão permanecerá em vigor enquanto o caso segue em investigação.