Plenário da Câmara decide futuro da prisão de Chiquinho Brazão, acusado do caso Marielle, com Centrão atuando nos bastidores.



O plenário da Câmara dos Deputados tornou-se palco de intensas discussões sobre a manutenção ou revogação da prisão preventiva do deputado Chiquinho Brazão, do Rio de Janeiro, que atualmente está sem partido. A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) havia decidido pela manutenção da prisão do parlamentar, com 39 votos a favor, 25 contrários e uma abstenção.

Chiquinho Brazão é acusado de ser um dos mandantes do brutal assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, um crime que chocou o país e gerou grande comoção popular. O deputado e seu irmão, Domingos Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro (TCE-RJ), foram presos no dia 24 de março, em uma operação que mobilizou a opinião pública e as autoridades.

No entanto, mesmo com a decisão da CCJ pela manutenção da prisão, deputados ligados ao Centrão demonstraram desconforto com a situação, alegando que a prisão preventiva de um parlamentar não seria adequada. Além disso, alguns parlamentares acreditam que a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) pode abrir precedentes perigosos para o futuro.

O líder do União Brasil, Elmar Nascimento, manifestou sua posição contrária à decisão do STF, argumentando que é necessário defender a ordem política e jurídica do país. Deputados de outros partidos, como PP, Republicanos e PL, também se posicionaram de forma crítica à prisão de Brazão, apontando a necessidade de garantir as prerrogativas legais dos parlamentares.

Por outro lado, vozes contrárias à soltura de Chiquinho Brazão também se fizeram presentes. O deputado Orlando Silva, do PCdoB, criticou a postura de Otoni de Paula, que defendeu a libertação do colega. Segundo Silva, é fundamental considerar a dor da família de Marielle Franco e buscar a elucidação completa do crime hediondo que chocou o país.

Diante desse cenário tenso e polarizado, a votação no plenário da Câmara tornou-se palco de intensos embates e estratégias políticas. Existem manobras para esvaziar a sessão e evitar que a prisão de Chiquinho Brazão seja confirmada, o que exigiria um mínimo de 257 votos favoráveis. A batalha política em torno desse caso emblemático promete movimentar os corredores do Congresso Nacional e despertar a atenção da opinião pública.

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