As plataformas como o Facebook e o antigo Twitter, agora chamado de X, estão sendo criticadas por sua capacidade reduzida de combater a desinformação. Cortes de custos e demissões de equipes de checagem e segurança tornaram essas empresas menos eficazes na luta contra informações falsas. Além disso, medidas controversas foram adotadas, incentivando a participação em vez da precisão, o que pode aumentar os riscos da desinformação em um cenário de crise.
Os especialistas estão preocupados com o impacto que a desinformação pode causar no mundo real, alimentando o ódio e a violência em um conflito em constante evolução. As plataformas estão lutando para acompanhar a quantidade de desinformação e incitação à violência que circula nas redes sociais.
Usuários estão sendo bombardeados com fotografias e vídeos falsos, que são apresentados como sendo do atual conflito em Gaza, quando na verdade são imagens antigas ou de outros lugares, como a Síria. Por exemplo, uma fotografia que supostamente mostrava soldados israelenses capturados pelo Hamas na realidade foi tirada em um exercício militar em Gaza em 2022. Além disso, foi encontrada uma série de postagens promovendo um documento falso da Casa Branca que alocava bilhões de dólares em ajuda militar a Israel.
A quantidade de vídeos e imagens falsas circulando na Internet dificulta a compreensão do que está acontecendo em Israel e Gaza e aumenta o risco de violência. Em momentos de crise, as pessoas costumam recorrer às redes sociais em busca de informações rápidas, mas a disseminação de mentiras e ódio por meio de algoritmos que promovem conteúdo extremo torna as redes sociais um lugar pouco confiável para obter informações confiáveis.
Além disso, as plataformas parecem estar abandonando os esforços para aumentar a qualidade da informação. O tráfego das redes sociais para os principais sites de notícias caiu drasticamente no último ano. O CEO do Facebook, Mark Zuckerberg, recebeu críticas quando incentivou seus seguidores a seguirem contas conhecidas por espalhar informações falsas. Embora ainda existam jornalistas e pesquisadores talentosos usando essas plataformas, a utilidade delas como ferramentas confiáveis para pesquisar e obter informações está fundamentalmente comprometida e talvez nunca possa ser recuperada.
Em suma, as plataformas de redes sociais estão enfrentando grandes desafios na luta contra a desinformação durante o conflito entre palestinos e israelenses. A quantidade de informações falsas e a velocidade com que se espalham destacam a necessidade de aprimorar os mecanismos de moderação de conteúdo e investir em equipes de checagem e segurança para garantir a precisão e a confiabilidade das informações disponibilizadas nas redes sociais.









