Plataforma chinesa de moda Temu acusa rival Shein de ‘táticas de máfia’ em ação na Justiça dos EUA

A Temu, uma plataforma de vendas on-line de roupas e acessórios domésticos a preços extremamente baixos, entrou com uma ação na Justiça americana contra a Shein, uma grande concorrente no mercado, alegando que a empresa está utilizando “táticas de máfia” para sufocar a concorrência.

De acordo com a WhaleCo, empresa chinesa que opera no mercado americano como Temu, a Shein coordenou um “esquema multifacetado” para impedir a expansão da plataforma, incluindo intimidação de fornecedores e abertura de processos infundados por violação de direitos autorais contra a Temu.

O processo alega que a Shein asfixia fornecedores de moda ultrarrápida com requisitos de exclusividade e utiliza táticas de máfia para intimidar fornecedores a não vender para a Temu. Além disso, acusa a empresa de orquestrar processos infundados por violação de direitos autorais e descreve a empresa como tendo “poder de monopólio no mercado de moda ultrarrápida dos EUA”.

Em resposta, a Shein afirmou que a ação não tem fundamento e que irá se defender vigorosamente. O processo é o mais recente desafio para a Shein, que recentemente iniciou seu processo de abertura de capital nos Estados Unidos, após ganhar uma enorme quantidade de seguidores entre adolescentes e jovens adultos atraídos por roupas baratas e uma variedade de estilos.

A Temu, por sua vez, ganhou destaque no mercado americano no ano passado e tem conquistado terreno rapidamente, com seus produtos para casa e roupas a preços acessíveis. A empresa também ganhou visibilidade ao anunciar no Super Bowl, um dos principais eventos do mercado publicitário nos EUA, e viralizar no TikTok com a hashtag #temuhauls.

O processo acusa a Shein de direcionar seu comportamento em relação à Temu como parte de um padrão mais amplo para subverter e abusar do sistema legal dos EUA. Além disso, destaca o escrutínio intenso que a Shein tem enfrentado em relação às suas práticas comerciais, incluindo acusações de trabalho forçado e violação de direitos autorais.

No entanto, à medida que a Temu ganha espaço no mercado americano, a empresa também começa a enfrentar críticas similares, incluindo acusações de permitir a entrada nos EUA de mercadorias produzidas com trabalho forçado e de utilizar brechas tributárias para não pagar taxas alfandegárias.

Com essas acusações e o cenário competitivo no mercado de moda ultrarrápida dos EUA, a batalha legal entre a Temu e a Shein promete se estender e ganhar ainda mais atenção nos próximos meses.

Sair da versão mobile