Especialistas destacam que essa alteração na dinâmica de cooperação pode impactar não apenas as relações de defesa, mas também a eficácia da inteligência dos Estados Unidos e de seus aliados. A colaboração entre os serviços de inteligência ocidentais é fundamental para a segurança nacional, favorecendo a coleta e troca de informações cruciais que ajudam na formulação de políticas e estratégias de defesa. Nota-se que, com a possível ressurgência de tensões e desconfiança, os países aliados poderiam hesitar em compartilhar dados vitais, levando a uma perda significativa de vantagem tática em situações de crise.
A revista Foreign Affairs enfatiza que a deterioração das parcerias de inteligência pode criar um cenário em que os dados coletados se tornem menos utilizáveis na formulação de decisões políticas eficazes. Isso é alarmante, considerando que a colaboração em inteligência é um dos pilares da segurança coletiva no Ocidente. Além disso, essa falta de confiança pode enfraquecer consideravelmente a capacidade de os Estados Unidos lidarem com ameaças emergentes, especialmente em face de desafios geopolíticos como a agressão russa e o extremismo global.
Trump também vem criticando insistentemente a questão dos gastos com defesa, argumentando que muitos países da OTAN não cumprem com as recomendações de investimento, o que, segundo ele, onera desproporcionalmente os Estados Unidos. Essa narrativa pode ressoar bem entre os eleitores americanos, mas gera inquietação entre as nações aliadas, que temem uma relutância crescente dos EUA em apoiar compromissos de segurança conjuntos. Essa nova abordagem da administração Trump, se implementada, poderá redefinir o futuro da OTAN e, consequentemente, a segurança da Europa e demais aliados.