Planos de saúde tentam evitar mamografias para mulheres de 40 a 50 anos, gerando indignação de médicos e pesquisadores.



A polêmica em torno da proposta da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) de dispensar os planos de saúde de garantir mamografia para mulheres entre 40 e 50 anos tem causado revolta entre médicos, pesquisadores e ativistas da saúde. A chamada “Certificação de Boas Práticas” proposta pela ANS foi duramente criticada por diversos especialistas da área, que a consideram um retrocesso no combate ao câncer de mama.

Henrique Couto, da Sociedade Brasileira de Mastologia, alertou para os perigo que essa medida representa, ressaltando que as mulheres nessa faixa etária representam 40% dos casos de câncer de mama. Ele enfatizou que as clientes dos planos de saúde não podem perder um direito tão fundamental para suas vidas.

A proposta da ANS de equiparar os planos de saúde ao Sistema Único de Saúde (SUS) foi contestada por Couto, que afirmou que essa medida não tem reduzido os casos avançados de câncer nem a mortalidade. Além disso, Janice Lamas, médica com 40 anos de estudo no tema, ressaltou que a proposta vai contra a ciência e ignora a importância do diagnóstico precoce.

Os estudos da Dra. Janice revelam que a detecção de câncer de mama é idêntica tanto em mulheres acima quanto abaixo dos 50 anos, o que reforça a importância de manter a mamografia como um exame obrigatório para todas as faixas etárias.

Diante da pressão de diversos setores da sociedade, a ANS se viu diante de uma forte resistência à proposta, que pode representar um grave retrocesso na luta contra o câncer de mama. A sociedade civil e os profissionais de saúde continuam mobilizados para garantir que a mamografia continue sendo acessível a todas as mulheres, independentemente da idade.

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