Segundo as empresas, a mudança trará ganhos de eficiência devido à escala e à qualidade da Amil, que intermediou mais de 80 milhões de procedimentos médicos em 2023, realizados por 20 mil médicos e serviços credenciados. A rede Amil também conta com 12 hospitais e clínicas no Rio de Janeiro, além de unidades próprias.
A Golden Cross afirmou que a rede atual dos usuários será mantida, sendo adicionada a da Amil. Os beneficiários continuarão como clientes da empresa e todos os direitos dos contratos serão preservados.
A suspensão temporária da comercialização de todos os planos de saúde da Golden Cross a partir do dia 18 deste mês se deve à reestruturação necessária por conta da nova parceria. Esse modelo de parceria está previsto na Resolução Normativa 517 da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).
Nos últimos meses, tem havido um aumento nas reclamações dos usuários de planos de saúde sobre cancelamentos unilaterais, que deixam as pessoas sem acesso à assistência médica privada. Entidades de defesa do consumidor têm denunciado essas práticas, e recentemente, um acordo verbal foi firmado entre parlamentares e empresários do setor para revisar cortes de beneficiários com doenças graves ou transtorno do espectro autista.
O reajuste máximo de 6,91% autorizado pela ANS terá impacto no orçamento de cerca de 8 milhões de brasileiros com planos de saúde individuais e familiares. Segundo o presidente da Sociedade Brasileira de Direito Médico e Bioética, Raul Canal, essa situação pode levar muitas famílias a optarem pelo SUS devido aos altos custos dos planos de saúde.
É importante que os beneficiários verifiquem se o reajuste está de acordo com o estabelecido pela ANS e que a cobrança seja feita somente a partir do aniversário do contrato. Essas mudanças destacam a importância de se estar atento aos direitos e deveres dos usuários do sistema de saúde suplementar.