Segundo a PF, as mensagens sugerem um planejamento que incluiria gastos com hospedagem, alimentação e materiais, com custos estimados em R$ 100 mil. Além disso, os interlocutores mencionaram a possibilidade de recrutar mais pessoas do Rio de Janeiro para apoiar a execução dos atos. O diálogo também indicou a intenção de trazer militares do Rio de Janeiro para a capital federal.
O general Mario Fernandes e o tenente-coronel Helio Ferreira Lima foram presos no Rio de Janeiro, assim como os majores Rodrigo Bezerra Azevedo e Rafael Martins de Oliveira. As autoridades conseguiram recuperar as conversas sobre o orçamento devido a um bug no aplicativo de mensagens UNA, utilizado pelo Exército, que levou os investigadores a ter acesso ao conteúdo no WhatsApp.
Além disso, a PF identificou que militares foram à quadra onde Alexandre de Moraes residia em Brasília, sugerindo um plano de sequestro e assassinato do ministro. A operação clandestina também incluiu a participação de generais e políticos, resultando no indiciamento de Bolsonaro, generais ex-ministros como Braga Netto e Augusto Heleno, e o presidente do PL, Valdemar Costa Neto.
Após a conclusão do inquérito pela PF, Bolsonaro criticou o ministro Alexandre de Moraes, afirmando que o magistrado conduziu o inquérito de forma tendenciosa e criativa. O ex-presidente afirmou que irá aguardar orientações de seu advogado e que a luta seguirá na Procuradoria-Geral da República. O caso agora segue para novas etapas de investigação e análise jurídica.