A falta de referência à Lagoa da Anta no Plano Diretor gera preocupações, pois abre brechas para a ocupação desenfreada e a degradação ambiental da região. Enquanto a legislação municipal considera outras áreas de interesse ambiental e paisagístico como protegidas, a omissão da Lagoa da Anta torna-a vulnerável a intervenções inadequadas.
O Plano Diretor de Maceió foi instituído em 2005 e desde então não passou por atualizações. Mesmo com discussões em andamento, a última audiência pública ocorreu no final de 2024, e o processo ainda está longe de uma conclusão. Isso coloca em risco o equilíbrio ambiental e urbanístico da cidade, conforme alerta o urbanista e professor da Ufal, Dilson Ferreira.
Além disso, a ausência da Lagoa da Anta no Plano Diretor compromete a transparência do debate sobre sua ocupação, pois restringe a participação da sociedade no processo. Enquanto isso, a construtora Record avança com um projeto de construção na área, mantendo negociações bilionárias em sigilo.
O Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Maceió informou que está na fase final dos ajustes do Projeto de Lei do Plano Diretor, que será encaminhado em breve à Câmara Municipal. No entanto, a falta de transparência e a demora no processo de atualização do Plano Diretor colocam em risco a preservação ambiental da Lagoa da Anta e a participação da sociedade nas decisões que impactam a região. É fundamental que haja um debate público e transparente sobre o futuro da área, garantindo sua proteção e preservação para as futuras gerações.