Plano de fuga de Bolsonaro em caso de intervenção do STF é revelado pela Polícia Federal: ex-presidente e 25 militares são indiciados.



A Polícia Federal descobriu um plano elaborado para a fuga do então presidente Jair Bolsonaro do Brasil em caso de intervenção do Supremo Tribunal Federal (STF) no Poder Executivo ou de cassação da chapa presidencial para as eleições de 2022. O esquema envolvia estratégias militares e previa o uso de armas e munições armazenadas em um cofre.

O relatório da PF, que teve seu sigilo levantado pelo ministro do STF Alexandre de Moraes, revelou que trinta e sete pessoas, incluindo o ex-presidente Bolsonaro e 25 militares, foram indiciados por tentativa de golpe de Estado. O plano de fuga foi encontrado no notebook do ex-ajudante de ordens da Presidência da República, tenente-coronel Mauro Cid, considerado o braço-direito de Bolsonaro. O documento, em formato de Power Point, foi criado em março de 2021 e indicava a utilização de técnicas de forças especiais do Exército para garantir a segurança do presidente.

O plano de fuga de Bolsonaro consistia em três etapas. A primeira era a proteção do presidente nos Palácios do Planalto e da Alvorada, com a cooptação de militares do Gabinete de Segurança Institucional. A segunda etapa envolvia a ocupação de espaços estratégicos para demonstrar apoio a Bolsonaro. E, por fim, a terceira etapa previa a montagem e operação de uma rede de auxílio à fuga e evasão para transferir o presidente para o exterior.

Embora o plano não tenha sido posto em prática em 2021, o relatório da PF aponta que foi adaptado e utilizado no final de 2022, após a organização criminosa não obter apoio das Forças Armadas para concretizar o golpe de Estado. Bolsonaro saiu do país para evitar uma possível prisão e aguardar os desdobramentos dos atos golpistas planejados para janeiro de 2023.

O uso de termos como RAFE (Rede de Auxílio À Fuga e Evasão) e LAFE (Linha de Auxílio à Fuga e Evasão) indica a complexidade e a seriedade do plano de fuga elaborado pela organização criminosa. A descoberta desse esquema reforça a necessidade de vigilância e investigação constante para preservar a estabilidade institucional do país e garantir a segurança das instituições democráticas.

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