Os ritos fúnebres tiveram início às 14h, com a cerimônia de velório, seguida pelo sepultamento às 16h. As vítimas foram identificadas como Ione da Conceição Silva, de 43 anos; sua filha, Eulália Narim da Conceição, de 5 anos; e suas netas, Sophya Hellena Conceição Costa, de 8 anos; Kathleen Vitória da Conceição Silva, de 14 anos; e Marybella Marinho da Silva, de 9 anos. A tragédia ocorreu enquanto a família dormia em seu barraco de madeira, que foi completamente consumido pelo fogo.
O acidente trouxe à tona relatos emocionantes de testemunhas, que relataram os momentos de desespero ao tentarem salvar a família. No local, o Corpo de Bombeiros encontrou o barraco já tomado pelas chamas, sem conseguir evitar o desfecho fatal. Relatos indicam que Ione mantinha um altar dentro de casa e costumava acender uma vela todas as segundas-feiras, hipótese que pode ter resultado no incêndio que tirou a vida da família.
O imóvel onde a tragédia ocorreu estava localizado às margens da DF-230. As chamas destruíram completamente os móveis e eletrodomésticos, restando apenas a dor e o luto para os moradores da região, que compartilharam os últimos momentos ao lado de Ione e suas netas. Amiga da vítima, a empresária Ana Carolina, de 24 anos, afirmou ter estado com a família pouco antes do incêndio, o que tornou a perda ainda mais dolorosa.
A comoção ao redor do caso ilustra a dor de uma comunidade unida pela tragédia. Muitas das pessoas presentes expressaram sentimentos de impotência e tristeza ao verem um lar desfeito pelo fogo, que não só dizimou vidas, mas destruiu sonhos e esperanças.
Esta tragédia suscita questões importantes sobre a segurança em moradias precárias e os riscos associados aos hábitos domésticos que, embora rotineiros, podem trazer consequências catastróficas. Enquanto a comunidade de Planaltina tenta se recuperar, a memória das cinco vítimas permanece como um lembrete sombrio dos perigos que muitas famílias enfrentam diariamente.
A mobilização de vizinhos e amigos na despedida das vítimas demonstra uma comunidade enlutada, mas solidária, unida pela dor e pela necessidade de apoio mútuo nestes momentos difíceis.