A decisão final será tomada por votação no plenário virtual da Corte, que teve início na última sexta-feira e está previsto para encerrar no dia 26 de novembro. Atualmente, Robinho encontra-se detido na Penitenciária II de Tremembé, no interior de São Paulo, cumprindo pena pela condenação de estupro de uma mulher albanesa na Itália, sendo sentenciado a 9 anos de prisão.
Durante o julgamento, o ministro Gilmar Mendes manifestou seu voto a favor da concessão do habeas corpus, solicitando a suspensão da homologação da sentença estrangeira no Brasil. No entanto, os ministros Luiz Fux, Edson Fachin e Luís Roberto Barroso votaram pela manutenção da prisão de Robinho, resultando no placar desfavorável de 3 a 1 contra o pedido do ex-jogador.
Para que Robinho seja solto, é necessário que a maioria dos 11 ministros do STF vote a favor da liberação do jogador. O habeas corpus está sendo julgado na Corte desde setembro, com voto contrário à liberdade do jogador apresentado pelo relator Luiz Fux. Gilmar Mendes havia pedido vista, suspendendo a análise, que foi retomada na última sexta-feira.
A Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifestou contrária ao recurso de Robinho, que questiona o cálculo da pena pela condenação de estupro. O ex-jogador foi condenado em todas as instâncias da Justiça italiana, não sendo permitida a sua extradição para cumprir pena em outro país devido à legislação brasileira.
Em março deste ano, a Corte Especial do Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu que Robinho deve cumprir a sentença de 9 anos de prisão no Brasil, resultando em um placar de 9 votos a favor do cumprimento da pena no país. O desfecho do julgamento no STF ainda é aguardado para os próximos dias.