Esse possível suporte a Ciro já vinha sendo objeto de especulação na mídia nas últimas semanas, especialmente após sua saída do PDT. O assunto ganhou destaque também por conta de uma posição expressa pela ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, que se manifestou publicamente contra essa aliança. Essa declaração gerou tensões no partido, evidenciando uma discusão interna sobre a estratégia política a ser adotada.
Flávio Bolsonaro elucidou que a confusão sobre o acordo ocorreu por um “ruído de comunicação” envolvendo Michelle, que não tinha ciência das tratativas que estavam sendo discutidas em nível estadual. O senador enfatizou que, durante a reunião, o diálogo foi maduro e respeitoso, onde as particularidades políticas do Ceará foram levadas em consideração. Ele reiterou a intenção comum entre as lideranças do PL de “resgatar o Brasil das mãos do PT”, tornando claro que as divergências foram meramente comunicativas.
Adicionalmente, Flávio disse que as iniciativas lideradas por André Fernandes, atual deputado federal e líder do PL no Ceará, tinham o respaldo de Jair Bolsonaro, informação que Michelle não possuía. O partido anunciou que as negociações com o PSDB estadual estão suspensas e que uma nova estratégia vai ser delineada em função da avaliação e aprovação a serem feitas pela cúpula nacional e estadual do PL.
A reunião contou com a participação de figuras proeminentes do partido, como o presidente nacional Valdemar Costa Neto, além do senador e secretário-geral Rogério Marinho. Flávio enfatizou que, apesar de Michelle estar inserida no grupo central do PL, ele e seus irmãos, Carlos e Eduardo Bolsonaro, compartilharam uma matéria em que ele afirmava que Michelle teria “atropelado” Jair ao criticar a proposta de aliança com Ciro, o que demonstra a complexidade das relações internas no partido nesse momento político.
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