O advogado de defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Fabio Wajngarten, havia declarado nas redes sociais que a eleição municipal do Rio poderia ter sido encerrada no momento da prisão de Chiquinho e Domingos Brazão. Chiquinho é acusado de envolvimento no assassinato da vereadora Marielle Franco e tinha sido secretário de Ação Comunitária durante a gestão de Paes na prefeitura.
Essa situação também impactou a campanha do pré-candidato à prefeitura do Rio pelo PL, Alexandre Ramagem, que tinha como um dos pilares de sua campanha a associação com o governo Bolsonaro e o discurso de combate à desordem urbana e à insegurança na cidade. A frase “chama o delegado”, utilizada no lançamento de sua pré-candidatura, refletia sua atuação anterior como delegado da Polícia Federal.
Chiquinho Brazão foi nomeado por Paes em outubro do ano passado, indicado pelo Republicanos, mesmo filiado ao União Brasil. O ex-prefeito admitiu o erro de ter nomeado uma pessoa suspeita no governo, referindo-se à suposta ligação de Brazão com o caso Marielle. A decisão da CCJ, com votos favoráveis à soltura concentrados em partidos como PL, União, Republicanos, PRD e Podemos, foi contestada por siglas de esquerda, como PT, PSOL e PCdoB, e pelo MDB, que se posicionaram contra a liberação do deputado. Essa votação repercutiu e gerou debate sobre a influência política nas decisões judiciais e o papel dos partidos no sistema democrático.