De acordo com dados do MapBiomas Alertas e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), as cidades mais desmatadas do país estão localizadas especialmente na região amazônica, onde a destruição da vegetação nativa tem sido alarmante. Diante desse contexto, a postura dos políticos diante da emergência climática se torna um ponto de atenção para os eleitores.
Por meio de imagens de satélite de alta resolução, o MapBiomas Alertas identificou os municípios com os maiores índices de desmatamento no período de janeiro de 2019 a julho de 2024, totalizando a devastação de 1.089.548,47 hectares de vegetação. Cidades como Altamira (PA), São Félix do Xingu (PA), Lábrea (AM), Porto Velho (RO) e Apuí (AM) se destacam nesse cenário preocupante.
O envolvimento de partidos políticos como o PL e o MDB, que disputarão a prefeitura em diversas dessas cidades, levanta questionamentos sobre como os candidatos irão lidar com a preservação ambiental e as questões climáticas. O Código Florestal estabelece a necessidade de preservação de 80% da cobertura vegetal nativa em propriedades privadas, mas as licenças de supressão de vegetação nativa para empreendimentos ainda geram preocupações.
Apesar dos dados alarmantes, a Amazônia registrou uma redução de 62,2% no desmatamento em 2023, comparado ao ano anterior. Diante desse cenário, o Tribunal Superior Eleitoral ressalta a importância do voto consciente, incentivando os eleitores a avaliarem as propostas dos candidatos em relação ao meio ambiente e à sustentabilidade.
Portanto, a corrida eleitoral em cidades fortemente impactadas pelo desmatamento coloca em evidência a necessidade de políticas públicas eficazes para a preservação ambiental, deixando em aberto a expectativa de que os candidatos eleitos possam contribuir para a melhoria do cenário político e ambiental do Brasil.