Até o mês de outubro deste ano, o Pix já contabilizava R$ 28 trilhões em transações. Segundo Renato Gomes, diretor de Organização do Sistema Financeiro e Resolução do Banco Central, o Pix não apenas facilitou as transferências financeiras, mas também democratizou o acesso ao sistema bancário no Brasil. Ele apontou que a redução dos custos de distribuição de dinheiro e o aumento da base de clientes e do consumo são reflexos diretos do sucesso do sistema, além da queda nas tarifas devido à concorrência que a plataforma trouxe.
Originalmente, o Pix foi concebido para permitir transferências instantâneas entre indivíduos. No entanto, ao longo dos anos, sua funcionalidade se expandiu, incluindo inovações como o Pix Cobrança, que se assemelha ao tradicional boleto bancário, e o Pix Automático, que possibilita pagamentos recorrentes, semelhante ao débito automático. Atualmente, estima-se que aproximadamente 170 milhões de adultos e mais de 20 milhões de empresas utilizam o Pix.
O desenvolvimento do sistema começou em 2016, com definições fundamentais feitas pelo Banco Central em 2018. O nome Pix foi revelado em fevereiro de 2020, e sua fase experimental teve início em 3 de novembro daquele ano para um público restrito. A liberação total do sistema para todos os clientes aconteceu em 16 de novembro de 2020, permitindo transações 24 horas por dia.
Entretanto, o sucesso do Pix não passou despercebido internacionalmente. Após as eleições de 2022, o sistema tornou-se alvo de investigações por parte do governo dos Estados Unidos, que alegou que a plataforma poderia ameaçar empresas financeiras americanas. Em resposta, o governo brasileiro enfatizou que a criação do Pix teve como objetivo garantir a segurança do sistema financeiro nacional, assegurando que não houve discriminação em relação a empresas estrangeiras.
A trajetória do Pix, portanto, reflete não apenas um avanço tecnológico significativo, mas também um embate de interesses no cenário financeiro global.









