Pinguim é encontrado morto na Praia de Riacho Doce, em Maceió, em meio a alerta de emergência por influenza aviária.

Um triste episódio envolvendo a vida selvagem marcou o litoral alagoano nesta quinta-feira, 31 de agosto. Um pinguim-de-Magalhães (Spheniscus magellanicus) foi encontrado sem vida na Praia de Riacho Doce, localizada no Litoral Norte de Maceió. O animal foi resgatado pela equipe do Instituto Biota de Conservação, que já havia registrado um caso semelhante apenas alguns dias antes.

Segundo informações fornecidas pelos especialistas do Instituto, esse pinguim será submetido a uma necropsia no Centro de Reabilitação de Animais Marinhos, onde aguardam esclarecimentos sobre as possíveis causas de sua morte. A espécie costuma migrar para as águas brasileiras durante o inverno, sendo mais comum observar pinguins nas regiões Sul e Sudeste do país. Contudo, alguns indivíduos chegam às costas do Nordeste debilitados, desnutridos ou até hipotérmicos, muitas vezes após se separarem de seus grupos.

Apesar das características nativas dos pinguins-de-Magalhães, a presença desses animais em praias alagoanas é um indicativo de problemas maiores nas rotas migratórias e nas condições do habitat marinho. Com o aumento de casos de aves marinhas encalhadas, os especialistas enfatizam a necessidade de cuidados redobrados. A atual situação de emergência devido à influenza aviária de alta patogenicidade, que afeta significativamente tanto aves silvestres quanto domésticas, torna a situação ainda mais delicada.

Assim, a recomendação é clara: ao encontrar um pinguim encalhado ou morto, a população deve evitar tocá-lo ou tentar recolhê-lo. O Instituto Biota pede que, nessas circunstâncias, sejam feitas fotografias e que informações sobre a localização do animal sejam enviadas para o número designado. Isso é crucial não apenas para a segurança da população, mas também para a saúde pública e para a proteção da fauna local.

Vale lembrar que no último sábado, dia 26, outro pinguim da mesma espécie foi encontrado na Praia do Gunga, no Litoral Sul de Alagoas, mas felizmente estava vivo. Ele foi resgatado e encaminhado para o Centro de Reabilitação, onde recebeu os cuidados necessários. Esses casos evidenciam a importância da conscientização e mobilização da comunidade em relação à fauna marinha e os desafios enfrentados em meio a crises ecológicas e sanitárias.

Sair da versão mobile