Conforme o procurador-geral, Paulo Gonet, o Ministério Público Federal orienta que a Polícia Federal (PF) estabeleça equipes de prontidão integral para garantir a supervisão constante. Gonet ressaltou a importância de que essa vigilância não interfira na privacidade do réu, a fim de evitar perturbações em suas relações com os vizinhos.
Essa recomendação da PGR responde ao ofício enviado pelo diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, ao STF, que ficou ciente de preocupações levantadas pelo deputado Lindberg Farias, líder do PT na Câmara. Entre as informações destacadas, Farias mencionou um suposto plano de fuga de Bolsonaro, que, somado à sua localização e ao contexto político atual, justificaria um reforço nas medidas de segurança.
Um aspecto alarmante trazido à tona pelo relatório da PF é a apreensão de um pedido de asilo político encontrado no celular do ex-presidente, endereçado ao presidente argentino, Javier Milei. Nele, Bolsonaro alega estar sendo alvo de uma “persecução política” no Brasil, o que levanta questões sobre a sua percepção da situação atual.
O ex-presidente encontra-se em prisão domiciliar desde 4 de agosto, após o ministro Alexandre de Moraes determinar a medida devido ao descumprimento de ordens anteriores, onde Bolsonaro violou restrições imposta pelas redes sociais ao divulgar mensagens por meio das contas de seus filhos parlamentares. Tais mensagens foram interpretadas como instigações a ataques ao STF e apoio à intervenção estrangeira no Judiciário brasileiro.
O próximo capítulo desse caso complexo dependerá das decisões que Moraes tomará em relação à segurança do ex-presidente, que se mantém em foco no cenário político e judicial do Brasil. Esse desenvolvimento destaca ainda mais o impacto que as ações de um ex-presidente podem ter sobre a confiança institucional e a estabilidade democrática.