Mesmo com os pedidos de ambos os militares para o fim da prisão preventiva, a PGR sugeriu que a Corte não acate tais pleitos. Mário Fernandes, que foi o número dois da Secretaria-Geral da Presidência durante o governo de Jair Bolsonaro, é apontado pela Polícia Federal como o responsável por elaborar um plano estratégico para executar Alexandre de Moraes, Luiz Inácio Lula da Silva e Geraldo Alckmin.
Mário Fernandes teve seu pedido de liberdade negado em 26/12 do ano passado, mas recorreu da decisão alegando que não endossou ou praticou qualquer ação com o objetivo de consumar o suposto golpe de estado, além de não reconhecer vínculo com o grupo “Copa 22”. Paulo Gonet reiterou que a prisão preventiva está fundamentada no risco concreto à ordem pública e à aplicação da lei penal.
Já o tenente-coronel Hélio Ferreira Lima, parte dos “kids pretos” da tropa de elite do exército brasileiro, foi preso no Rio de Janeiro em novembro de 2024. Também pediu a revogação da prisão preventiva, alegando que sua liberdade não representa risco à ordem pública. No entanto, Gonet argumentou que a situação fática e jurídica que levou à decretação da prisão permanece inalterada.
A PGR considera que Hélio estava associado aos propósitos de tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito e execução de Golpe de Estado, e atuou para atentar contra a vida de um ministro do STF e o presidente e vice-presidente eleitos em 2022. Gonet destacou ainda o risco representado pela liberdade do investigado. É importante ressaltar que a Procuradoria-Geral da República manteve sua posição em relação à prisão preventiva dos militares, considerando os elementos que fundamentaram a decisão do STF.