De acordo com a Polícia Federal, as diligências realizadas até o momento sugerem a existência de um esquema de desvio de recursos públicos no gabinete de Janones. Diante disso, a PGR considera que a quebra dos sigilos bancário e fiscal é uma medida extrema, que só deve ser concedida quando há fortes indícios de práticas ilícitas, mas entende que é necessária no caso em questão.
No mês de dezembro, o ministro Luiz Fux atendeu a um pedido da PGR e autorizou a abertura de inquérito contra o deputado federal. Áudios divulgados pelo portal Metrópoles, que embasaram o pedido da PGR, mostram Janones pedindo para que os funcionários façam doações mensais de seus salários para cobrir gastos de campanha.
Dois ex-assessores do deputado relataram que janones cobrava funcionários lotados em seu gabinete na Câmara a repassar parte de seus salários, inclusive o 13º salário, chegando a 60% dos vencimentos. Enquanto isso, o deputado nega irregularidades e afirma que o pedido revelado nos áudios foi feito antes de sua eleição, em 2018, para pessoas que ainda não trabalhavam em sua equipe.
Recentemente, Janones publicou nas redes sociais que a PF solicitou a quebra do sigilo fiscal e bancário, embora ele já os tivesse colocado à disposição desde o início das investigações. Ele questionou a suspeição de um depósito feito após a exoneração de assessores investigados, afirmando que eles devolveram salários 3 anos após deixarem seu gabinete.
O caso continua sob investigação e a quebra dos sigilos bancário e fiscal pode revelar mais detalhes sobre as acusações contra o deputado federal André Janones. A PGR e a PF seguem empenhadas em esclarecer todos os fatos relacionados ao suposto esquema de desvio de recursos públicos no gabinete do parlamentar.