Para o procurador-geral, Paulo Gonet, as razões que embasaram a prisão do general continuam válidas. Ele argumentou que medidas cautelares não seriam suficientes para garantir a ordem pública, a condução da instrução criminal e a aplicação da lei penal. Gonet destacou que as tentativas do investigado de obstruir as investigações demonstram a necessidade da medida extrema, já que apenas a segregação de Braga Netto poderia garantir o fim das ações de obstrução e evitar a continuidade dos delitos.
Braga Netto foi preso por determinação do ministro Alexandre de Moraes, relator do inquérito do golpe, que investiga um possível plano para impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva. A Polícia Federal, responsável pelas investigações, apontou que o general, indicado como um dos principais articuladores do suposto golpe, tentou acessar informações confidenciais da delação de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro.
Após a prisão, a defesa de Braga Netto negou as acusações de obstrução das investigações. A situação continua gerando polêmica e movimentando os bastidores políticos, com desdobramentos que envolvem figuras proeminentes do cenário nacional. O desfecho desse caso promete ser decisivo para a reflexão sobre a institucionalidade do país e a relação entre os poderes Executivo, Legislativo e Judiciário.