Os denunciados, Rubem Abdalla Barroso Junior e Eloisa da Costa Leite, enfrentam acusações graves, incluindo a formação de uma associação criminosa e a incitação das Forças Armadas contra os poderes constitucionais. Essa manifestação foi protocolada no STF no mês passado, e o conteúdo da denúncia revela detalhes preocupantes sobre as atividades do casal.
A Polícia Federal, que conduziu as investigações, informou que Rubem e Eloisa montaram uma tenda de alimentação no acampamento e passaram a solicitar doações em dinheiro por meio de transferências via Pix. O objetivo, segundo os policiais, era a compra de alimentos básicos como arroz, feijão, carne, salada e suco para os participantes do movimento.
As investigações revelaram movimentações bancárias irregulares e significativas, com Eloisa sendo apontada por transferir cerca de R$ 1 milhão, o que levanta suspeitas sobre a origem e o destino desse montante. De acordo com a PGR, a estratégia do casal estava centrada na arrecadação de recursos mediante uma chave Pix vinculada à conta de Eloisa, que posteriormente repassava os valores a Rubem. Parte desse dinheiro, conforme a acusação, foi utilizada para promover atividades que incentivavam atos considerados antidemocráticos, através da distribuição de alimentos aos acampados.
A denúncia foi encaminhada ao ministro Alexandre de Moraes, que atua como relator dos processos relacionados à tentativa de golpe no STF. Não há um prazo definido para o julgamento do caso, que determinará se Rubem e Eloisa se tornarão réus pelos crimes que estão sendo imputados. Até o momento, o casal não apresentou advogados para se defender das acusações que enfrentam em instâncias superiores do Judiciário.