O laudo em questão, que foi publicado no perfil de Marçal no Instagram, apresentava a assinatura do médico José Roberto de Souza e datava de 19 de janeiro de 2021. No entanto, investigações revelaram que o CRM desse médico estava inativo no Conselho Regional de Medicina desde abril de 2022 e que ele já havia falecido. Além disso, as duas filhas do médico já falecido negaram que o pai tenha trabalhado na clínica onde Boulos teria sido atendido.
O receituário falso indicava que Boulos teria sido diagnosticado com “surto psicótico grave” e apresentava um resultado de exame toxicológico que detectava a presença de cocaína no sangue do candidato do PSol. Boulos, por sua vez, declarou que o documento era falso e realizou uma transmissão ao vivo em suas redes sociais para desmentir Marçal.
Durante a live, Boulos anunciou que entraria com um pedido de prisão contra Marçal e o dono da clínica onde o laudo teria sido forjado. O candidato do PSol ressaltou a gravidade das acusações e afirmou que tomaria todas as medidas cabíveis junto à Justiça Eleitoral para defender sua honorabilidade.
Outros candidatos também se manifestaram sobre o caso, como Ricardo Nunes, do MDB, que repudiou a acusação feita por Marçal contra Boulos. No entanto, Nunes também criticou o comportamento de Boulos durante a campanha eleitoral. A corrida eleitoral em São Paulo ganhou contornos ainda mais intensos com essa polêmica envolvendo o falso laudo médico e a expectativa agora é pela conclusão das investigações e pela decisão da Justiça. Este episódio reforça a importância da seriedade e da ética no ambiente político, visando garantir a lisura e a transparência no processo democrático.