De acordo com a investigação da PF, alguns pontos foram destacados como cruciais para a ligação de Bolsonaro ao esquema. Primeiramente, a apresentação de uma minuta golpista a chefes das Forças Armadas, em que oficiais, ministros e assessores debateram a possibilidade de um golpe de Estado sob a supervisão de Bolsonaro.
Além disso, foram encontradas “pegadas” de Bolsonaro em minutas antidemocráticas, como o rascunho de um decreto para intervir no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) após as eleições na residência do ex-ministro Anderson Torres, que ocupava a pasta da Justiça no governo Bolsonaro.
A polícia também levantou indícios de que ex-assessores de Bolsonaro estavam monitorando os passos do ministro do STF Alexandre de Moraes, com a intenção de sequestrá-lo e matá-lo. Outro dado perturbador é a utilização do Palácio do Planalto para imprimir um plano que incluía o assassinato de Lula, Alckmin e Moraes.
Uma reunião com teor golpista no Palácio do Planalto em julho de 2022, onde Bolsonaro teria encorajado ações antes das eleições em favor do golpe, também foi mencionada no relatório da PF.
A gravidade das informações colhidas pela PF revela uma rede de atos antidemocráticos que envolvem o ex-presidente Jair Bolsonaro e suas conexões. O desenrolar desse caso certamente terá repercussões políticas e jurídicas de grande impacto no cenário nacional.