O documento com mais de 800 páginas foi liberado pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, revelando que havia uma expectativa para que Bolsonaro assinasse o decreto nessa data. Além disso, a investigação apontou que no mesmo dia militares monitoraram o ministro Alexandre de Moraes.
O inquérito que levou ao indiciamento de 37 pessoas por envolvimento no golpe durou quase dois anos e foi concluído após a operação Contragolpe. O plano envolvia até mesmo o assassinato de autoridades como o presidente Lula e o vice-presidente Alckmin, além do próprio Moraes.
Entre os indiciados estão nomes como o ex-ministro da Defesa Braga Netto e o ex-ministro do GSI Augusto Heleno, que foram acusados de crimes como abolição do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa. Alexandre de Moraes apontou que o grupo se articulou em diversos núcleos com o objetivo de impedir a posse da chapa vencedora das eleições de 2022.
O relatório da PF elenca seis núcleos de atuação na trama golpista, que incluem desde a produção de desinformação até a coleta de informações para auxiliar nas decisões do presidente. O documento revela a divisão de tarefas entre os participantes e como cada grupo contribuiu para a conspiração.
A investigação deixou em evidência a gravidade da situação e a complexidade da trama golpista, revelando um plano minuciosamente elaborado que envolvia diversas instâncias do governo e das Forças Armadas. A revelação do conteúdo do relatório expôs as entranhas de uma conspiração contra a democracia e a ordem institucional do país.
É necessário aguardar os desdobramentos e as consequências dessas revelações, que certamente terão um impacto significativo na política nacional e na compreensão do papel das instituições na defesa da democracia. A sociedade aguarda respostas e medidas que garantam a estabilidade e a segurança do país diante de ameaças como essa.