De acordo com as informações registradas, Silveira saiu de um condomínio às 21h32 e só chegou ao hospital às 22h59, onde foi atendido por queixas de dor lombar irradiando para o flanco. Ele relatou ao plantonista histórico de insuficiência renal. Após permanecer no local até 0h37, retornou ao condomínio, trajeto que durou 54 minutos, e ficou no local até 1h55.
A defesa de Silveira argumentou que ele foi buscar a esposa para acompanhá-lo ao hospital e, posteriormente, deixou ela no mesmo local antes de retornar para sua casa. O advogado, Paulo Faria, afirmou que o relatório da PF apenas confirma as justificativas apresentadas anteriormente e criticou a prisão do ex-deputado, considerando-a desproporcional.
Silveira, que foi condenado a 8 anos e 9 meses de prisão por estimular atos antidemocráticos e atacar ministros do STF, tem acumulado diversas passagens pela prisão desde 2021. Solto em 20 de dezembro sob liberdade condicional, ele deveria cumprir medidas cautelares, como uso de tornozeleira eletrônica e permanência em casa entre 22h e 6h.
No entanto, mesmo com as restrições, o monitoramento constatou que, no dia seguinte à soltura, Silveira violou as medidas, alegando urgência médica. Ele passou mais de uma hora em um shopping antes de ir ao hospital. A PF concluiu que o tempo excessivo no trajeto requer explicações adicionais.
Diante disso, o ministro Alexandre de Moraes, do STF, solicitou que a Procuradoria-Geral da República (PGR) e a defesa de Silveira se manifestem sobre o relatório. A defesa reafirmou que Silveira buscou sua esposa para acompanhá-lo ao hospital e que todas as ações estavam devidamente registradas no sistema de monitoramento.