Segundo a PF, as empresas do grupo possuem contratos milionários com órgãos federais, estaduais e municipais, muitos deles abastecidos com recursos provenientes de emendas parlamentares. A liberação dessas emendas e a assinatura de convênios eram essenciais para garantir os pagamentos às empresas do grupo.
A operação avançou sobre apadrinhados do União Brasil, levando ao afastamento do secretário de Educação de Belo Horizonte, Bruno Barral. A PF encontrou indícios da participação do deputado Elmar Nascimento, também do União Brasil, nos desvios investigados, o que levou o caso a ser encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF).
Um dos pontos destacados na investigação foi uma ligação de três minutos entre Gabriel Sobral e Alex Parente, seguida pelo envio de uma mensagem de WhatsApp a uma pessoa chamada Édson SP. Essa troca de informações resultou em uma transferência de R$ 200 mil da empresa BRA Teles para Samuca Silva Franco, apontado como operador financeiro do grupo.
A investigação da PF revelou também transações suspeitas de Gabriel Sobral, incluindo uma envolvendo uma pessoa com foro por prerrogativa de função, o foro privilegiado. A operação Overclean teve início para apurar desvios em um contrato do Dnocs, mas se expandiu após descobrir a atuação do grupo em contratos com governos federais, estaduais e municipais. Após apreender documentos suspeitos em um avião, a PF realizou diversas fases da operação, causando apreensão entre políticos envolvidos.