Petroleiros ameaçam greve após Petrobras anunciar cortes financeiros, mesmo diante de lucros recordes de R$ 35,2 bilhões no primeiro trimestre de 2025.



Petroleiros Planejam Greve em Resposta a Cortes de Custos da Petrobras

Nos últimos dias, a Petrobras, sob a liderança de sua presidente Magda Chambriard, sinalizou um plano de redução de despesas que pretende ser implementado em meio a um período de lucros recordes. Recentemente, a empresa divulgou um lucro líquido de R$ 35,2 bilhões no primeiro trimestre de 2025, além de uma distribuição de R$ 11,72 bilhões em dividendos. Essa situação provocou uma reação de insatisfação entre os trabalhadores, que veem a iminente política de austeridade como uma contradição aos bons resultados financeiros.

A Federação Única dos Petroleiros (FUP) se manifestou fortemente contra essa decisão, anunciando a intenção de realizar uma paralisação nos dias 29 e 30 de maio. No entanto, essa greve de advertência precisa ainda ser aprovada em assembleia pelos trabalhadores. A federação fez questão de destacar que não é aceitável que, após a divulgação de lucros substanciais, a empresa opte por cortes que podem impactar diretamente a remuneração e as condições de trabalho de seus funcionários.

Além disso, a FUP expressou preocupações sobre a segurança no ambiente de trabalho, criticando a continuidade da subnotificação de acidentes de trabalho na Petrobras, uma questão que se tornou ainda mais relevante após recentes incidentes, como o ocorrido na plataforma Cherne 1.

Representantes da FUP afirmaram que os trabalhadores não devem ser os únicos a arcar com os custos de uma reestruturação que, por sua vez, não deveria ocorrer em momentos de forte lucro. A federação afirma ser essencial manter condições adequadas de segurança e remuneração, especialmente para uma companhia de grande porte como a Petrobras.

A atual tensão entre a administração da empresa e seus funcionários promete intensificar o debate sobre a responsabilidade social e as prioridades da estatal, que, em meio a cortes, parece seguir preocupada com a distribuição de dividends para os acionistas em vez de focar nos investimentos e melhorias para sua força de trabalho. A expectativa é que o desfecho dessa questão traga mudanças significativas para a dinâmica entre a Petrobras e seus colaboradores.

Jornal Rede Repórter - Click e confira!


Botão Voltar ao topo