O balanço financeiro da Petrobras revela um crescimento contínuo, com o lucro líquido referente ao terceiro trimestre deste ano apresentando um aumento de 2,7% em comparação ao mesmo período do ano anterior, apesar da queda significativa no preço do petróleo, que registrou uma redução de 13,9%. Durante os meses de julho a setembro, o barril do petróleo Brent, referência internacional, teve uma média de preço de US$ 69,07. Fernando Melgarejo, diretor financeiro e de Relacionamento com Investidores, destacou os esforços da companhia para compensar as perdas provenientes da queda dos preços, aumentando a produção de petróleo para mais de 2,5 milhões de barris por dia e alcançando diversos recordes operacionais.
Além do lucro, o EBITDA ajustado da Petrobras somou US$ 11,7 bilhões (cerca de R$ 62,5 bilhões), marcando um aumento de 2,2% em relação ao terceiro trimestre de 2024. Em contrapartida, a estatal observou uma queda no fluxo de caixa operacional, que totalizou US$ 9,85 bilhões, e uma diminuição de 27,6% no fluxo de caixa livre, que chegou a US$ 4,96 bilhões. Ao final de setembro de 2025, a empresa reportou US$ 9 bilhões em caixa, com disponibilidades ajustadas de US$ 11,7 bilhões.
No campo dos investimentos, a Petrobras anunciou que, de janeiro a setembro deste ano, o total foi de US$ 14 bilhões, um incremento de 28,6% em relação ao ano anterior. No terceiro trimestre, os investimentos também subiram, totalizando US$ 5,5 bilhões, um crescimento de 24,3% em comparação ao trimestre anterior. A produção de óleo e gás alcançou a marca de 3,14 milhões de barris de óleo equivalente por dia, refletindo um aumento de 5% em relação ao segundo trimestre e de 17% se comparado ao mesmo período do ano passado.
Outro ponto relevante no balanço foi o recorde nas exportações de petróleo, que atingiram 814 mil barris por dia, contribuindo para que a companhia superasse a marca de 1 milhão de barris diários quando considerando os derivados.
No que diz respeito aos dividendos, a Petrobras aprovou a distribuição total de R$ 12,16 bilhões, o que equivale a R$ 0,94320755 por ação ordinária e preferencial. Essa decisão está alinhada à política de remuneração da empresa, que estabelece a distribuição de 45% do fluxo de caixa livre aos acionistas, desde que a dívida bruta não ultrapasse US$ 75 bilhões, conforme o Plano Estratégico da Petrobras. Os dividendos serão pagos em duas parcelas, uma em fevereiro e outra em março de 2026, tanto para acionistas na B3 quanto para aqueles que possuem ADRs (American Depositary Receipts) na Bolsa de Nova York. A definição sobre a forma de distribuição (dividendos ou Juros sobre Capital Próprio) será feita até 11 de dezembro de 2025, oferecendo assim mais segurança e planejamento financeiro para acionistas e investidores.
