Segundo os dados apresentados, a Petrobras foi a empresa que mais reduziu o preço do diesel, sem prejudicar suas margens de lucro e rentabilidade. Em comparação, a redução de preço do diesel da Acelen foi de 13,1%, com o litro custando R$ 3,7024 e na refinaria do grupo Atem o recuo foi de 14,3%, com o diesel a R$ 4,1295.
A extinção da política do preço de paridade de importação (PPI), conhecida como “abstração”, em maio de 2023 pelo executivo da Petrobras trouxe mudanças significativas. Essa decisão, mantida sob a gestão de Magda Chambriard, considerou a cotação do petróleo e derivados no Golfo do México, além do dólar e custos de frete. Com o fim do PPI, a Petrobras conseguiu oferecer preços mais baixos, em meio a uma queda no preço internacional do petróleo e a uma maior competição com o diesel russo no mercado nacional.
Além disso, o levantamento apontou uma redução nos preços da gasolina e do gás de cozinha da Petrobras, mesmo que em menor intensidade. Enquanto a gasolina teve uma diminuição de 0,9%, o GLP apresentou uma queda de 16,9%.
Para os concorrentes privados, a eliminação do PPI na Petrobras exigiu uma estratégia de preços competitiva, para não perderem espaço no mercado nacional. Essa mudança impactou refinarias privatizadas, como Acelen, na Bahia, e Atem, em Manaus, que viram aumentos nos preços da gasolina e do GLP.
A promessa de “abrasileirar” os preços dos combustíveis, feita pelo presidente Lula, foi cumprida pela Petrobras, que conseguiu oferecer preços mais estáveis e competitivos em relação ao período em que vigorava o PPI. Essa medida contribuiu para frear a volatilidade do mercado, trazendo benefícios aos consumidores.