A necessidade de uma redução drástica nas emissões de gases de efeito estufa é urgente. Para limitar o aumento da temperatura global a 1,5°C, os especialistas alertam que as emissões devem ser cortadas em até 45% até 2030. Contudo, a realidade é preocupante: as emissões continuam a crescer, intensificando eventos climáticos extremos ao redor do planeta. Em uma declaração alarmante, a Agência Internacional de Energia (AIE) destacou que novos investimentos em combustíveis fósseis estabelecidos após 2021 são incompatíveis com o objetivo de alcançar emissões líquidas zero até 2050.
A ex-chefe do clima da ONU, Christiana Figueres, já havia apontado em 2015, durante a celebração do Acordo de Paris, que as empresas de combustíveis fósseis estão dificultando a transição para um modelo energético mais sustentável. Essa dependência continua a dominar diversas economias, e a falta de planos robustos para a redução da produção de combustíveis fósseis é uma questão crítica.
O relatório do Carbon Majors evidencia a crescente pressão sobre essas empresas, com suas emissões aumentando em 6,5% somente neste ano. Entre as 36 identificadas, estão também empresas estatais como a Gazprom e a China Energy, além de grandes corporações privadas como a própria Petrobras. Analisando as fontes das emissões, o carvão foi responsável por 41%, seguido pelo petróleo com 32%, e o gás com 23%.
Esse panorama não apenas revela a responsabilidade das grandes corporações na crise climática, mas também a necessidade de um movimento coletivo para assegurar um futuro mais sustentável e reduzir os riscos catastróficos associados às mudanças climáticas. As evidências reunidas no estudo reforçam a urgência de responsabilizar essas empresas e implementar ações efetivas para diminuir as emissões e mitigar os efeitos do aquecimento global.