Embora a redução apresentada pela Petrobras seja expressiva, a empresa salientou que isso não garante que os consumidores finais verão uma queda equivalente em suas contas de gás. Isso ocorre porque o preço pago pelos consumidores inclui uma série de componentes adicionais, como o custo do transporte do gás até as distribuidoras, o portfólio de suprimentos de cada concessionária, as margens de distribuição e os tributos estaduais e federais que incidem sobre o produto.
Além disso, a Petrobras destacou que os contratos firmados com as distribuidoras contêm cláusulas que prevêem atualizações trimestrais nos preços com base nas variações do preço do Brent e na taxa de câmbio. Desde dezembro de 2022, a trajetória de preços do gás já demonstra uma queda cumulativa significativa, totalizando 32%, quando considerada a nova redução que será implementada no próximo mês.
Essa nova estratégia de preços da Petrobras ocorre em um contexto global de flutuação nos mercados de energia e pode ter repercussões diretas no bolso do consumidor, dependendo de como as distribuidoras irão ajustar suas tarifas. A expectativa é de que essas mudanças possam proporcionar um alívio financeiro para os consumidores, mas a extensão desse alívio ainda será determinada por uma série de fatores além do preço do gás natural em si. A dinâmica entre os custos de produção, transporte e as tarifas aplicadas pelas distribuidoras será fundamental para saber até que ponto essa redução impactará as contas dos brasileiros. Assim, o cenário do gás natural no país continua a ser monitorado com atenção, especialmente em tempos de incertezas econômicas globais.