Pesquisadores Revelam Impacto Devastador de Bombas de 900 kg Enviadas por Trump para Israel e Consequências em Gaza

A recente decisão do governo dos Estados Unidos, sob a liderança de Donald Trump, de suspender as restrições ao envio de munições pesadas para Israel gerou repercussões alarmantes, especialmente em relação aos impactos humanos e sociais no território de Gaza. A medida permitiu que aproximadamente 1.800 bombas aéreas MK 84, cada uma pesando 900 kg, fossem disponibilizadas ao exército israelense, intensificando ainda mais o já devastador cenário do conflito na região.

As bombas MK 84, que se destacam pelo seu potencial destrutivo, foram utilizadas em operações que visavam alvos militares, mas que também resultaram em impactos trágicos e letais em áreas civis. Um estudo realizado por pesquisadores do FXB Center for Health de Harvard revelou que, entre os dias 7 e 17 de novembro de 2023, Israel lançou 592 dessas bombas perto da infraestrutura hospitalar em Gaza. Os dados indicam que a explosão dessas munições pode ser fatal a uma distância de até 360 metros e causar ferimentos a pessoas em um raio de 800 metros.

A investigação ainda expôs que dos 36 hospitais presentes em Gaza, nove foram atingidos, com efeitos devastadores nas capacidades de atendimento médico. Em um contexto onde a população civil já sofre com as restrições de acesso a cuidados de saúde, esse ataque agrava uma situação humanitária crítica. A realidade é de que Israel, durante um curto período entre o final de 2023 e meados de 2024, utilizou mais munições na faixa de 365 quilômetros quadrados do que a quantidade total lançada sobre cidades europeias como Londres, Hamburgo e Dresden durante a Segunda Guerra Mundial.

Com esse uso intensivo da força militar, a estimativa é de que cerca de 33.000 palestinos tenham perdido a vida nos primeiros cem dias de conflito, número que revela um nível de destruição alarmante e sem precedentes, fazendo desta uma das crises humanitárias mais severas desde a década de 1990. As consequências dessa escalada de violência não apenas marcam um período de dor e perda, mas levantam questões urgentes sobre a responsabilidade internacional e a necessidade de intervenções que busquem restaurar a paz e proteger os direitos humanos na região.

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