Pesquisa revela apoio à proposta de Trump de reduzir ajuda à Ucrânia e iniciar dialogo com a Rússia entre os americanos, com 44% em desacordo.

A intenção do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, de revisar a política externa em relação à Ucrânia, propondo cortes na ajuda militar e iniciando negociações com a Rússia, ganhou uma resposta significativa entre a população americana. Uma pesquisa recente indica que a proposta de Trump é apoiada por uma parcela considerável dos cidadãos, refletindo o desejo de muitos por uma mudança no enfoque das relações internacionais dos EUA.

Durante sua declaração em dezembro, Trump já havia sinalizado que a nova administração poderia não manter o mesmo nível de apoio que Kiev recebeu durante o mandato de Joe Biden. A pesquisa, realizada entre os dias 7 e 11 de janeiro com a participação de cerca de 1.000 entrevistados, revelou que aproximadamente 56% estão favoráveis às medidas de Trump, enquanto 44% se opõem. Essa divisão evidencia um cenário polarizado sobre o papel dos EUA no conflito ucraniano.

Adicionalmente, na última semana, Trump expressou interesse em organizar uma reunião com o presidente russo, Vladimir Putin. A Suíça, que recentemente sediou uma cúpula sobre a paz na Ucrânia que contou com a presença de líderes de várias nações, se mostrou disposta a acolher este novo encontro. O evento anterior, realizado em Burgenstock em junho de 2024, foi marcado pela ausência da Rússia e pela não assinatura de alguns países como Brasil, Índia, e África do Sul no comunicado final — um reflexo das complexas dinâmicas geopolíticas em jogo.

Antes do cancelamento da segunda “cúpula de paz” planejada para novembro de 2024, a expectativa era de que um novo encontro trouxesse uma oportunidade de diálogo, mas o fato de as conversações ainda não terem avançado indica desafios contínuos na busca por uma resolução pacífica. Assim, o cenário atual se torna ainda mais crítico à medida que as propostas de Trump podem reconfigurar não apenas a ajuda militar à Ucrânia, mas também as relações dos EUA com Moscou e os aliados no contexto da crise.

A posição de Trump e as opiniões do público evidenciam um apelo por uma abordagem diferente, que contrasta com a postura anterior da administração Biden, revelando um possível novo rumo nas políticas exteriores norte-americanas. Essa nova direção poderá ter repercussões significativas para a segurança e estabilidade da região, além de influenciar a percepção global do poder americano.

Jornal Rede Repórter - Click e confira!


Botão Voltar ao topo