PESQUISA – Metade das empresas brasileiras perde até US$ 5 milhões ao ano por falhas de software – Com Jornal Rede Repórter

De acordo com o Quality Transformation Report 2025, pesquisa que acaba de ser divulgada pela Tricentis, líder global em testes contínuos e engenharia de qualidade, 50% das organizações brasileiras relatam custos anuais estimados entre US$ 1 milhão e US$ 5 milhões devido a falhas em software, ou necessidades contínuas de manutenção.  

A pesquisa ouviu profissionais e líderes de tecnologia na América Latina, identificando diferentes níveis de prejuízo financeiro causados por software de má qualidade. O setor que mais relatou perdas foi o financeiro (54%), seguido pelo setor público (50%), varejo (43%), energia (39%) e indústria (35%) – todos com casos que chegaram a até US$ 5 milhões em perdas. 

“A pesquisa inaugural de Quality Transformation Report da Tricentis revelou que 75% das organizações latino-americanas já realizaram alterações de código sem testá-las completamente em prol de velocidade”, afirma Tonatiuh Barradas, vice-presidente da Tricentis para a América Latina. “Com isso, a confiabilidade do software entra em cheque e as interrupções de funcionamento passam a ser um risco iminente, tornando-se não apenas um problema técnico, mas também um risco que afeta a reputação, a operação e o setor financeiro das empresas.”

Esse risco de interrupção no software também foi reportado pelas empresas brasileiras: 56% das companhias brasileiras disseram estar sob esse risco anualmente, e na América Latina esse número salta para 68%. As empresas menores, que possuem entre 150 e 249 colaboradores, são ainda mais vulneráveis, com 88% reportando essa preocupação em sofrer interrupção de software no próximo ano. O setor industrial vem sendo o que mais sofre em toda a região, onde 73% das organizações afirmaram estar expostas a esse risco.  

Pressão por velocidade e desafios internos comprometem a qualidade 

Na América Latina, a pressão por acelerar as entregas aparece como o principal, sendo mencionada por 37% das empresas. Além disso, 35% apontaram a falha de comunicação entre líderes e testadores como uma dificuldade recorrente, enquanto 34% destacaram a frustração com os primeiros resultados da adoção de inteligência artificial como um entrave adicional. No Brasil, a pressão por velocidade se confirma como uma das principais barreiras, com 36% das organizações afirmando que esse fator é um dos maiores desafios enfrentados. 

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