De acordo com o IPEA, a categoria ainda enfrenta desafios como a falta de políticas públicas que garantam condições de trabalho dignas e salários justos. A pesquisadora Ana Amélia Camarano ressaltou a importância desse levantamento para orientar a criação de políticas adequadas para os profissionais domésticos e cuidadores de idosos, que também fazem parte dessa categoria.
Ana Amélia destacou que a aprovação da lei das domésticas foi um avanço, mas que ainda há questões a serem resolvidas, como a redução de trabalhadores com carteira assinada e o aumento de diaristas sem direitos sociais. A pesquisadora também alertou para a situação dos cuidadores de idosos, que não têm sua profissão regulamentada.
Segundo o IPEA, estima-se que no Brasil existam cerca de 6 milhões de pessoas trabalhando como domésticos remunerados, sendo mais de 91% delas mulheres, dois terços negras e cerca de 10% com mais de 60 anos. Dados da Pnad do IBGE mostram que muitas dessas trabalhadoras enfrentam precarização, com altas taxas de informalidade e baixos salários.
Para participar da pesquisa do IPEA, basta acessar o site do instituto e preencher o questionário até o dia 13 de junho. O preenchimento leva apenas cerca de 10 minutos e os dados coletados são protegidos pela Lei Geral de Proteção de Dados. Essa iniciativa visa trazer mais visibilidade e apoio para os profissionais que dedicam suas vidas ao trabalho doméstico e de cuidados no Brasil.