Os resultados do estudo apontam que, entre indivíduos com melhores condições de vida, fatores demográficos desempenham um papel significativo no desenvolvimento da demência. A pesquisa ressaltou que o nível de escolaridade e de estímulo intelectual pode impactar diretamente na progressão dos sintomas da doença.
O doutorando em farmacologia e terapêutica pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Lucas Uglione Da Ros, explicou que, embora o estudo não sugira que a educação possa prevenir a acumulação de proteínas associadas à demência, ele ressalta que a estimulação intelectual pode retardar os sinais da doença em até 5 a 10 anos. Isso significa que indivíduos mais estimulados intelectualmente podem suportar melhor os danos cerebrais associados à demência e apresentar sintomas mais tarde do que aqueles com menor nível de educação.
Essa descoberta tem grande importância na compreensão da demência e pode abrir caminho para novas abordagens no tratamento e prevenção da doença. A ligação entre acesso à educação e desenvolvimento de demência destaca a importância de investimentos em políticas públicas voltadas para a educação e o estímulo intelectual em todas as faixas etárias.