Pesquisa aponta Lula como principal responsável pelo tarifas, enquanto Bolsonaro e Alexandre de Moraes também são citados; levantamento ouviu 2.002 pessoas.

Uma recente pesquisa realizada pelo Instituto Datafolha revelou que a insatisfação da população em relação ao “tarifaço” se reflete nas percepções de responsabilidade atribuídas a diferentes figuras políticas. Segundo os dados obtidos, 35% dos entrevistados responsabilizam o presidente Luiz Inácio Lula da Silva pela situação. Em seguida, 22% dos participantes colocam a culpa no ex-presidente Jair Bolsonaro, enquanto 17% fazem menção direta ao deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro. O ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, também aparece na lista, com 15% dos entrevistados apontando-o como responsável pelas tarifas mais altas. Além disso, 3% dos consultados afirmaram que não veem ninguém como culpado, 1% acreditam que todos têm responsabilidade, e 7% não souberam opinar sobre o tema.

O levantamento, que envolveu 2.002 pessoas em 113 municípios durante os dias 11 e 12 de agosto, possui uma margem de erro de 2 pontos percentuais e um nível de confiança de 95%. A pesquisa reflete a opinião pública sobre o aumento das tarifas impostas pelos Estados Unidos ao Brasil, que atualmente alcança 50% sobre produtos brasileiros exportados para o país norte-americano. O contexto desse aumento tarifário se intensificou após o anúncio do ex-presidente Donald Trump, que, no início do mês, declarou uma taxa suplementar de 40%. Essa nova taxa se junta aos 10% já estabelecidos em abril e foi justificada pelo ex-presidente com alegações de supostas violações de direitos fundamentais, as quais foram atribuídas ao ministro Alexandre de Moraes.

Diante dessa situação, Moraes, por sua vez, instaurou um inquérito para investigar a atuação de Eduardo Bolsonaro no exterior, foco de uma tentativa de influenciar as decisões que resultaram nas sanções contra autoridades brasileiras. O cenário reflete não apenas a tensão nas relações bilaterais entre Brasil e EUA, mas também a polarização política interna, onde a responsabilidade por tais medidas é debatida e contestada entre figuras do atual e do ex-governo.

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