Marcas evidentes de mordidas de tubarão na cauda do filhote sugerem que a morte ocorreu em alto-mar, com a correnteza posteriormente levando seu corpo até a costa alagoana. Esse incidente não é isolado; segundo Maria Macedo, chefe da Área de Proteção Ambiental (APA) de Piaçabuçu, esse já é o segundo caso de encalhe de baleia Jubarte registrado na região apenas durante o mês de agosto. Essa frequência levanta questões sobre os riscos que esses gigantes do mar podem enfrentar em suas jornadas migratórias, bem como sobre o impacto que essas mortes podem ter no ecossistema local.
Equipes do Instituto Biota foram acionadas para analisar a situação e realizar o enterro da carcaça, uma medida essencial para mitigar possíveis riscos ambientais e sanitários. A ação é fundamental, visto que a decomposição do animal pode atrair predadores e gerar desequilíbrios nos ecossistemas costeiros.
Durante o período reprodutivo, as baleias Jubarte se aproximam da costa brasileira em busca de um ambiente seguro para acasalar e dar à luz seus filhotes. Entretanto, tais encontros com predadores e as perigosas condições do mar podem fazer parte da dura realidade que esses animais enfrentam em suas migrações.
Para aqueles que se depararem com animais marinhos em situação de debilidade ou mortos, o serviço de resgate está disponível através do número 0800 079 3434, uma linha importante para a proteção da vida marinha e do ecossistema local. A preservação desses majestosos cetáceos deve ser uma prioridade, refletindo um compromisso coletivo com a saúde dos oceanos e a biodiversidade.