Os esforços de Washington nesse sentido vêm se intensificando, com o governo americano buscando negociar com pelo menos 58 países. Contudo, até o momento, apenas sete nações demonstraram disposição em aceitar deportações, enquanto diálogos com os demais países ainda estão em andamento. Este cenário reflete a crescente pressão que a administração americana enfrenta na questão da imigração, especialmente após as promessas do presidente Donald Trump de intensificar as deportações e frear a entrada de imigrantes ilegais no país, em resposta à aumento da crise nas fronteiras.
O ministro Alcantara ressaltou que o Peru está disposto a receber de volta cidadãos peruanos que tenham sido condenados em outros países para cumprir suas penas em território nacional. Além disso, há possibilidade de deportação de estrangeiros que tenham cometido crimes no Peru. A posição do Peru em não aceitar deportações de imigrantes ilegais reflete uma preocupação com o impacto dessa política nas relações internacionais e na política interna do país.
Essa declaração do governo peruano pode ser vista como uma manifestação de soberania, refletindo uma resistência à pressão externa para colaborar com políticas que poderiam prejudicar sua legislação e comprometer sua capacidade de lidar com a questão da imigração em um cenário cada vez mais complexo.
A decisão também lança luz sobre as dificuldades que a administração americana enfrenta na implementação de suas políticas de imigração, especialmente em um momento em que o debate sobre os direitos dos imigrantes e as obrigações internacionais dos países continuam a ser tópicos centrais nas agendas políticas tanto no Peru quanto nos Estados Unidos.