Segundo informações repassadas pela chefe do Departamento de Identificação Humana do IML, a perita odontolegista Ana Paula Carneiro Nemésio, a família do homem que morreu carbonizado já compareceu à sede do órgão na manhã de hoje. No entanto, devido ao estado de carbonização do cadáver, não foi possível realizar o exame necropapiloscópico. Por isso, o técnico forense explicou aos familiares os procedimentos que serão adotados para identificar o corpo.
“Aos familiares foi orientado que eles localizem e entreguem ao IML o prontuário de atendimento e os resultados de exames odontológicos para a realização do exame odontolegal. Caso eles não possuam esses documentos ou não possuam as informações necessárias para a comparação com os arcos dentários, o IML irá coletar material genético de um familiar de primeiro grau, a fim de realizar o exame de DNA”, explicou a odontolegista.
A família do segundo cadáver envolvido na mesma ocorrência também esteve presente no IML e recebeu as orientações sobre a identificação do corpo. Porém, eles apresentaram apenas uma cópia da carteira de identidade. Dessa forma, será necessário a realização do exame de necropapiloscopia, que consiste na coleta das digitais do cadáver e busca no arquivo civil do Instituto de Identificação de Alagoas. O resultado do exame deverá sair no prazo de até 48 horas.
O perito criminal Edson Júnior, responsável pelo exame pericial no local da ocorrência, afirmou que a dinâmica mostra que houve uma perseguição policial com troca de tiros, resultando na colisão do veículo utilizado pelos suspeitos com uma carreta estacionada, o que ocasionou o incêndio.
Os exames cadavéricos e de identificação humana são cruciais para que as famílias das vítimas possam reconhecer e dar um adeus digno aos entes queridos, além de serem fundamentais para a investigação criminal. O Instituto de Medicina Legal Estácio de Lima está trabalhando intensamente para realizar os exames e auxiliar no esclarecimento dos fatos relacionados a essa trágica ocorrência.