O perito criminal Gerard Deokaran, especialista em explosivos, explicou que durante a primeira parte da perícia foram encontrados diversos vestígios. Amostras de gás no epicentro e em botijões encontrados na cena foram coletadas e serão enviadas ao Laboratório de Química Forense para análise.
“Encontramos cinco botijões grandes, seis pequenos, seis mangueiras e uma válvula. Todo esse material foi coletado para exames complementares. Nesta sexta-feira, retornaremos para identificar os crateramentos no solo, fazer a reconstituição da cena e verificar se há mais botijões nos escombros”, afirmou Deokaran.
Além disso, vestígios biológicos também foram coletados para auxiliar na compreensão da posição das vítimas. Deokaran destacou que todas estavam dentro do raio de sobrepressão da onda de choque gerada pela explosão.
O chefe do Instituto de Criminalística de Maceió, Charles Mariano, explicou que o trabalho da Polícia Científica começou logo após o acionamento dos órgãos competentes. As equipes precisaram aguardar o resgate dos sobreviventes, a retirada dos corpos dos escombros e a varredura do BOPE para garantir a segurança no local.
Com a eliminação da possibilidade de novas explosões, as equipes, incluindo o Corpo de Bombeiros e a Defesa Civil, deram início à remoção dos escombros e à coleta de vestígios. Tecnologias como drones e escaneamento 3D foram utilizadas para analisar a área.
Com a conclusão dos exames prevista para esta sexta-feira, a equipe terá 10 dias para entregar o laudo final. As vítimas do acidente foram identificadas como Gilvan da Silva, 57 anos, Wesley Lopes da Silva, 36, e Tharlysson Felipe da Silva Ferreira, 10 anos. Os corpos foram liberados para sepultamento após os exames de necropsia no IML Estácio de Lima.
