Este incidente ocorreu em um contexto de crescente assertividade da China em relação a suas reivindicações sobre a soberania das ilhas Spratly, um arquipélago que abriga mais de 750 recifes, atóis e ilhas, sendo objeto de disputa entre diversos países, incluindo Taiwan, Vietnã, Brunei, Malásia e Filipinas. A Guarda Costeira Chinesa deixou claro em sua comunicação que continuará a realizar ações de controle em águas sob sua jurisdição, enfatizando a defesa da soberania territorial da China e de seus direitos marítimos.
A declaração menciona que as embarcações da Guarda Costeira foram acionadas para interditar as embarcações filipinas e, após um procedimento de aviso, conseguiram expulsá-las, ressaltando que essas ações são parte de um esforço contínuo para garantir a legalidade nas águas que a China considera sob sua jurisdição.
A disputa nas ilhas Spratly é complexa e histórica, envolvendo múltiplos atores regionais que buscam assegurar direitos sobre áreas ricas em recursos naturais, incluindo petróleo e gás, além da pesca. A presença militar e as operações de patrulha na região têm se intensificado, refletindo as estratégias geopolíticas de cada nação envolvida e alimentando um clima de incerteza e potencial conflito. A situação no Mar do Sul da China, portanto, continua a ser uma antiga fonte de tensão entre as nações no Sudeste Asiático e não mostra sinais de resolução iminente.