A Unidade de Inovação de Defesa (DIU) dos EUA deu início a esta série de testes em um ambiente desafiador. Essa experiência é particularmente significativa para pequenas empresas que participam do programa e precisam lidar com a navegação e a manutenção de alvos em condições de interferência simulada. O departamento ressaltou a importância de criar e ampliar o acesso a testes reais como fundamental para integrar tecnologias promissoras às forças armadas. Para facilitar isso, foi lançado o Projeto G.I., que tem como objetivo identificar e demonstrar sistemas não tripulados com potencial de aplicação imediata.
Contudo, a realização de testes fora de instalações militares não é uma tarefa simples. É necessário obter autorização da Administração Federal de Aviação (FAA) para operar drones além da linha de visão, o que introduz desafios técnicos e legais. Mesmo em bases militares bem equipadas, existem rígidas restrições para evitar interferências em áreas civis e o tráfego aéreo comercial, complicando ainda mais o agendamento.
Analistas do Pentágono, como John Sawyer, argumentam que essas barreiras estão prejudicando iniciativas que operam com orçamento limitado e prazos apertados. Para contornar esses desafios, o Grupo de Ataque de Alcance está em busca de novos locais e soluções que possam facilitar a execução dos testes.
Originalmente, a Ucrânia foi considerada um local ideal para esses testes, dada sua experiência prática no uso de drones e sua capacidade de adaptação rápida nas condições de combate. No entanto, questões logísticas e tensões políticas tornaram inviável o apoio do governo dos EUA para a realização de testes neste território. Embora startups bem capitalizadas consigam contornar tais barreiras, a resistência institucional persiste, levando a DIU a escolher o Alasca como um local alternativo.
Essa escolha permite que os testes sejam realizados com menor interferência e maior flexibilidade de horários. Durante os experimentos, foi identificado que muitos dos equipamentos utilizados eram obsoletos, projetados para conflitos anteriores e incapazes de lidar com as demandas da tecnologia moderna. Apesar das dificuldades enfrentadas, a unidade conseguiu focar em cenários de interferência do Sistema Global de Navegação por Satélite (GNSS) e evoluiu na identificação de ferramentas e táticas a serem empregadas.
Por fim, mesmo com os novos avanços, analistas militares alertam que as lacunas tecnológicas dos EUA podem deixar o país em desvantagem em relação a potências como a Rússia e a China, que têm investido pesadamente em soluções acessíveis e eficazes para o combate contemporâneo.