Após sua reeleição como prefeito de Maceió, JHC intensificou esforços para emplacar o nome de sua tia, a procuradora Marluce Caldas, ao cargo de ministra do Superior Tribunal de Justiça (STJ). Segundo fontes políticas, o prefeito teria buscado apoio diretamente com o presidente Lula ou mobilizado emissários para fortalecer o lobby em favor de Marluce.
Contudo, o cenário esbarra em uma exigência clara por parte de Lula: qualquer articulação política relevante em Alagoas deve passar pelo aval dos Calheiros, tradicional grupo político liderado pelo senador Renan Calheiros. Até o momento, não houve sinalização de diálogo entre JHC e o clã Calheiros.
Fontes próximas aos bastidores apontam que o prefeito prefere evitar compromissos políticos precipitados, temendo que um acerto agora possa custar sua autonomia futura. Por outro lado, os Calheiros se mantêm distantes, alegando desconfiança na capacidade de JHC de honrar acordos políticos no longo prazo.
Essa desconfiança mútua tem raízes históricas, alimentada por episódios que envolvem quebras de compromissos entre ambas as partes. Embora a narrativa seja permeada por disputas familiares e políticas, o fato é que o impasse compromete diretamente a possibilidade de nomeação de Marluce Caldas, reconhecida por sua competência no meio jurídico.
O apoio do ministro Humberto Martins, alagoano e integrante do STJ desde sua indicação por Lula em 2006, também não foi suficiente para consolidar a indicação de Marluce. Com o cenário político em Alagoas longe de uma solução, a nomeação permanece incerta. (Com Voney Malta)
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