Pediatra faz alerta sobre medidas de prevenção para evitar meningococcemia. Cuidados são essenciais para garantir a saúde das crianças.

A pequena Maria Cecília de Oliveira Barbosa, de apenas 1 ano e 7 meses, foi vítima de um grave caso de meningococcemia no último dia 31 de maio. A infecção, causada pela bactéria neisseria meningitidis, conhecida como meningococo, pode ser tanto branda quanto fulminante. Para evitar que seus filhos sejam afetados por esse problema de saúde, o pediatra Roney Damacena, do Hospital Geral do Estado (HGE), em Maceió, orienta os pais sobre os cuidados a serem seguidos.

A meningite meningocócica é uma das doenças imunopreveníveis mais temidas, especialmente quando atinge a corrente sanguínea, resultando na meningococcemia, uma infecção generalizada. Segundo o pediatra Damacena, cerca de 10% da população apresenta a bactéria na nasofaringe sem sintomas. A infecção meningocócica se manifesta como meningite em 70% dos casos, enquanto os casos de meningococcemia são menos comuns, porém têm ocorrido um aumento nas internações hospitalares.

No caso de Maria Cecília, sua mãe, Beatriz Dayane Barbosa, de 21 anos, relatou que além dos vômitos, a criança também apresentou febre e manchas no corpo. Após medicar a filha e perceber que seu estado não melhorava, Beatriz a levou para uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA), onde foi detectado o quadro de meningococcemia. Maria Cecília foi encaminhada ao HGE, onde ficou internada na UTI por um período, devido à gravidade da doença.

A meningite meningocócica é uma infecção que afeta as meninges e provoca sintomas neurológicos e sistêmicos. Já a meningococcemia, causada pela mesma bactéria, é caracterizada por uma infecção da corrente sanguínea, com graves manifestações sistêmicas. O tratamento é feito com antibióticos e outras medidas em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) isolada.

A melhor forma de prevenção dessa doença é a vacinação. No Brasil, a vacinação contra o meningococo do sorogrupo C está incluída no calendário infantil desde 2010. Outros sorogrupos, como A, B, W e Y, também podem causar a doença. O pediatra Damacena destaca que as vacinas são seguras e eficazes, com mais de 95% de proteção. Porém, é importante lembrar que a proteção diminui ao longo do tempo, por isso é necessário seguir as recomendações das sociedades médicas e receber doses de reforço.

O secretário de Estado da Saúde de Alagoas, Gustavo Pontes de Miranda, faz um apelo aos pais para que atualizem a Caderneta de Vacinação de seus filhos. Ele ressalta que não há motivo para deixar de proteger as crianças, já que as vacinas estão disponíveis nos postos de vacinação municipais. A meningococcemia é uma doença grave que pode levar à morte e deixar sequelas, como a amputação de membros.

Jornal Rede Repórter - Click e confira!


Botão Voltar ao topo