Após o crime, a Secretaria de Segurança Pública do estado anunciou o afastamento de oito policiais militares, que estavam sob investigação há cerca de um mês. Eles são suspeitos de terem atuado irregularmente na segurança de Gritzbach, o que levanta questionamentos sobre a possível conivência de forças de segurança com práticas ilícitas. O empresário, que havia fechado um acordo de delação com a Justiça, optou por não entrar no programa de proteção de testemunhas.
O assassinato de Gritzbach, que estava com sua namorada no momento do ataque, não apenas chocou pela violência, mas também pelo contexto em que ocorreu. Ele estava retornando de um voo com destino a Maceió, Alagoas, quando foi surpreendido. A polícia investiga se a facção criminosa monitorou o voo da vítima, e a lista de passageiros está sendo analisada. Gritzbach chegou a relatar suspeitas de que estava sendo perseguido durante a viagem ao reconhecer um dos homens que o havia ameaçado anteriormente.
Além de sua colaboração com as autoridades, o empresário havia solicitado ao Ministério Público o desbloqueio de bens, que incluíam lanchas e carros de luxo, pedido que lhe foi negado. O envolvimento do PCC e o assassinato em um local de alta visibilidade como um aeroporto levantam uma série de questões sobre o controle da facção na região e a segurança pública. O caso revela não apenas a brutalidade da violência ligada ao tráfico e às organizações criminosas, mas também as fragilidades das instituições que deveriam zelar pela ordem e pela lei.